Nessa primavera carioca, chegam mais duas surpresas espetaculares. Para começar, gente fica sabendo que palmeiras do Aterro do Flamengo estão florescendo pela primeira vez depois de 50 anos de plantadas. Elas viraram atração e ponto turístico da cidade. Parece até uma notícia inusitada, mas é verdade. Fiquei emocionada com esse tema e resolvi correr atrás para entender melhor. E, a história é assim.
TUDO COMEÇOU COM BURLE MARX
Nos anos 1960, o paisagista Roberto Burle Marx e sua equipe inseriram as palmeiras Talipot ( Corypha umbraculifera) na paisagem do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Esse tipo de árvore é nativa da Índia e do Sri Lanka. É também cultivada no Camboja, Mianmar, China, Tailândia e nas Ilhas Andaman no oceano Índico.
Cada palmeira pode atingir até 25 ou 30 metros de altura. Suas folhas podem chegar até 5 metros de diâmetro. Portanto, é uma árvore muito grande e alta: pode ser vista de muito longe. Reina soberana sobre a paisagem do enorme parque urbano carioca que tem 1. 200.000 m².
Perdi a conta de quantas vezes passei e passo por ali. Trabalhei por algum tempo em um prédio de frente para o Aterro. Esse conjunto de palmeiras estavam diariamente na minha visão. Sempre admirei aquelas árvores enormes, mas nunca soube ou se quer imaginava a interessante trajetória de vida delas.
A”PALMEIRA DO AMOR”
Durante toda a sua existência, que pode variar de 50 a 80 anos, a palmeira Talipot só floresce uma única vez. O período de floração depende do local onde elas se encontram: quanto mais luminosidade e sol , mais rápido isso acontece.
Segundo, o biólogo e paisagista, Marlon da Costa Souza, chefe da divisão técnica do sítio Roberto Burle Marx: “isso depende do local do plantio, do clima, do solo e da insolação”.
E, foi o que aconteceu no Aterro do Flamengo, onde as plantas recebem uma quantidade grande de sol durante o ano todo. Depois, de 50 anos, as palmeiras plantadas no projeto de Burle Marx explodiram em 1 milhão de pequenas flores de coloração creme claro. Essa florada dura cerca de 8 meses quando todas as florezinhas caem.
Os frutos pequenos parecidos com uma noz também caem e formam um grande tapete marrom no solo. Depois disso, cada árvore definha até a morte. Morre para dar a vida a novas palmeiras. Por esse motivo, a Talipot é conhecida como a “ palmeira do amor”, já que dá sua própria vida em benefício do nascimento de outra vida, de outra árvore.
Como há outras palmeiras dessa espécie plantadas em outros lugares do parque, é possível que em primaveras próximas possamos apreciar de novo esse espetáculo de raríssima beleza da natureza.
Só este passeio pelo Aterro do Flamengo já vale é uma atração inesquecível.
Agora se você quer uma experiência exclusiva e inédita, aqui vai...
O LUXO DE DORMIR UMA NOITE NO BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR
Aí vai, outra notícia maravilhosa e que me deixou com uma vontade tremenda de participar. Estou refletindo! O bondinho do Pão de Açúcar vai virar quarto de hotel por uma noite para alguns privilegiados.
A parceria entre o site Booking.com e a empresa que administra o bondinho do Pão de Açúcar vai possibilitar reservas de uma diária para os dias 12 ou 13 do próximo novembro. Quem desejar fazer parte dessa experiência única deverá acessar um link específico nos dias 29 e 30 de outubro às 11h00 da manhã, horário de Brasília. Essa chance está disponível para pessoas do mundo todo.
O bondinho que vai virar quarto de hotel transportou turistas entre os anos de 1972 e 2008. Hoje, ele está desativado e estacionado na Praça dos Bondes no topo do Morro da Urca. Vai receber toda a infraestrutura e comodidade necessárias, como, por exemplo, cama, banheiro e smart TV.
Além de pernoitar no bondinho, os felizardos terão direito a uma visita guiada pelo Pão de Açúcar. Além disso, jantarão no Clássico Sunset Club, o restaurante sofisticado do topo do complexo. Mas, o melhor de tudo é a vista única e deslumbrante da cidade durante a noite a ao nascer do sol.
“Se você viaja pela primeira vez a um lugar, não embarque numa atitude esnobe de “não vou a lugares de turistas”. Por que você haveria de resistir à Torre Eiffel, se nunca pisou em Paris? Ou a um passeio de bondinho do Pão do Açúcar, se nunca visitou o Rio de Janeiro?” (Chic[érrimo] Moda e Etiqueta, Glória Khalil). Nesse caso é mais do que uma visita comum de turista. É uma experiência incrível e ímpar.
Excelente dica, não é? Só para informação geral: esse ano, o bondinho completa 107 anos de existência. Vamos aproveitar a oportunidade.
E conta pra gente qual das duas dicas você gostou mais para curtir o Rio na Primavera-As Palmeiras no Aterro ou a noite no Pão de Açúcar?
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