Amanhã é dia de São Valentim. Na Inglaterra, por exemplo, comemora-se o dia dos namorados. Mesmo que você não se importe com a data, a gente duvida que você não goste de uma boa história de amor.
A Nara conta uma aqui:
Vou dizer a verdade: detesto essa coisa de dia dos namorados. Lá na cozinha, grita o calendário que dia 14 é dia de São Valentim e pelos restaurantes da cidade, casais de cara amarrada forçando um romance que teria mais potencial em casa, vendo TV, fazendo o jantar ou qualquer coisa do gênero. Não é melhor ganhar uma caixa de bombom num dia normal? Afinal, a surpresa pode promover a boa vontade no próximo. Apesar do tom ranzinza, nada tira o meu respeito por uma boa história de amor.
Contou a TV outro dia, sobre um encontro entre um homem e uma mulher depois de setenta anos separados. Conheceram-se numa primavera em Londres e se apaixonaram. O ano era 1944. Ele tinha 23 anos e ela 17. Ele, soldado americano, foi chamado para a Batalha da Normandia e a partir de então, nunca mais se viram. O tempo foi generoso pra eles. Ele agora com 93 anos e ela com 88, se "reencontraram" por skype. Segundo ele, quando na ligação ela o chamou pelo apelido, foi como se ele voltasse a se enxergar. A partir daí, uma campanha na internet conseguiu fundos para custear a passagem dele para visitá-la na Austrália. Bengalas, andares hesitantes, rugas, cabelos brancos... O que viram mesmo foi o olho um do outro e ali se reconheceram. E que falariam um pro outro depois de tanta vida? Que frase de efeito sacariam da cartola? A única coisa que ela disse foi: "É bom ver que você continua de pé."
Do que mais poderiam falar a não ser sobre a alegria de ainda existirem? O plano agora é ficarem juntos para se conhecerem. Afinal de contas, tempo é o que eles têm de sobra.
Imagem: Google