Estou exatamente no meio do nada.
Vejo algumas vacas peludas, gatos ao sol fraco, uma rua de casas de contos de fada. Há um jardim de confetes no chão. Há uma raposa, espera, há duas raposas: cachorros magros de rabo nobre. Há um enorme silêncio.
Um vilarejo que dorme profundamente e majestoso feito de 5 casas, 2 raposas, as garrafas de vinho que eu comprei por causa de tanto silêncio, das vacas peludas, das casas de contos de fada. A 10 minutos, Cambridge.
Penso em Sylvia, Ted, no silêncio, nas raposas, na noite que será longa, nos livros de astrologia que encontrei no banheiro. Quero escrever porque a 10 minutos, Cambridge, Plath, Hughes, astrologia, silêncio. Mas não consigo por causa deles. São muitos e o silêncio me perturba feito amor.
Não vou tentar escrever nada. Vou ser turista. Me encantar com as raposas, as vacas peludas no meio do nada, Cambridge na esquina, silêncio da casa de séculos, os confetes no jardim, o inglês perfeito do meu filho, minha menina e suas bochechas vermelhas me parece uma rosa inglesa.
Vou olhar pros lados e achar tudo impressionante, tudo por descobrir. Vou ser turista na inglaterra.
Que tristeza deve ser viver satisfeito. Quanta potência há no velho novo, nas raposas, vacas, silêncio e nos vinhos comprados em Cambridge.
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