Costumo dizer que os Nórdicos são os mais latinos dos povos não-latinos.
Mesmo que seus corpos não tenham naturalmente o nosso molejo do abraço, do beijo estalado, da risada larga, eles chegam bem perto. Eles gostam disso tudo genuinamente. São acolhedores que nem a gente, mas do jeito deles.
Participei de uma gastrotrip liderada pelo chef Simon Lau Cederholm, dinamarquês de batismo, brasileiro de coração, brasiliense de paixão. Vocês acompanharam por aqui alguns pontos dessa viagem deliciosa mês passado.. Aqui meus TOP restaurantes em Copenhagen.
Faltaram várias paradas, historiazinhas, detalhes. Está preparado(a) para uma pequena série de glutonia sem culpa? Vem comigo!
Começaremos por Copenhagen, a capital deliciosa da Dinamarca.
Uma das paradas indispensáveis certamente é ao Schonnemann , uma lenda da culinária dinarmarquesa.
O restaurante existe desde 1877 e aqui a cerveja e o Akvavit (o aguardente local) são obrigatórios. Conta-se que naquele antigamente bem longínquo bebia-se muita cerveja porque a água era contaminada. Ahá! Claro! E o atendimento é tão simpáticque você corre o risco de se perder na contagem e sair falando dinamarquês.
O Schonnemann é especializado em smorrebrod, sanduíche aberto em tipos variados.
Comemos de arenque; microcamarões dos fiordes – não se deixe enganar pelo tamanho pois o sabor é marcante. Finalizamos com o de pato defumado, um escândalo de gosto e textura, elaborado meticulosamente para trabalhar os cinco sentidos do paladar. Umami!
Da velha tradição para a nova tradição.
No restaurante Lumskebugten, do chef Erwin Lauterbach, um dos mentores de Simon Lau, desvendamos as maravilhas da estação.
Erwin honra o passado e mostra uma pontinha do que é hoje chamado de nova gastronomia dinamarquesa. É por ali que teve início o namoro com as novas técnicas e encontros.
Erwin não reinventa a roda. Sua cozinha é consistente, interessante e ao mesmo tempo cheia de coração. Dentre os meus preferidos da noite, a sopa de ervilha crua fria e emulsão de ostras com vegetais do mar com o frescor e a doçura do verão e o frango poussin macio com molho de lagosta.
Outro pit stop necessário é ao mercado Torvehallerne.
Reserve pelo menos um par de horas para aproveitar bem, deixar o tempo passar enquanto beberica uma taça de vinho e experimentar.
Você terá a chance de provar ostras dinamaquesas, que têm formato mais achatado, e as preciosidades francesas, como uma das minhas favoritas, a Gillardeau. O Tapa del Toro também é uma boa pedida com a inteligente interpretação para os ingredientes locais. E tem mais flores, queijos, frios, smorrebrod, e por aí vai.
Um tesouro em Tisvildeleje
Nossa rota pela Dinamarca terminou na praia de Tisvildeleje e no restaurante Tisvilde Kro, capitaneado por Thorvald, amigo de Simon Lau, que reformou uma belíssima casa antiga prestes a ser demolida e se transformar em um supermercado.
O espaço é um deslumbre – o chão foi raspado à mão pelo proprietário para não danificar a madeira -, e a comida destaca a produção local.
Fazenda local
Nosso grupo visitou a fazenda que fornece produtos para o restaurante.
O morango que degustei na hora, tirado do pé, foi, fora de brincadeira, o mais suculento que experimentei na vida. Entendi total a Sonaira quando contou dos campose de morangos.na Alemanha.
A Dinamarca é assim. De gostos, sabores, cantos e encantos inesquecíveis.
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