Gratidão pela copa da gastronomia.
1ª vez em um 3 estrelas Michelin, 19º melhor restaurante do mundo, 6ª colocação do Brasil na Copa do Mundo.
Seguimos com a série Dani Paiva na super gastrotrip em Copenhague liderada pelo chef Brazuca Dinamarquês Simon Lau Cederholm.
Próxima parada: Geranium. E alguns superlativos.
Essa foi minha estreia na ala dos comensais ultra privilegiados que têm a oportunidade de experenciar criações dos deuses do Olimpo gastronômico.
Ah, menos, Daniela. E menos mesmo, porque aqui o hygge dinamarquês, o segredo da felicidade, não tem nada a ver com excesso. É na simplicidade autêntica, temperada com uma bela de uma ousadia, que encontra-se o regozijo.
Fomos tão bem recebidos, alimentados e acalentados pelo Geranium na fatídica noite da eliminação do Brasil da Copa do Mundo em Julho que o desastre em campo ficou em segundo plano.
Nosso grupo foi agraciado com uma sala privada do restaurante e uma vista estonteante do 8º andar do Common Gardens, no centro de Copenhagen.
Eu confesso que enquanto convivas se deleitavam com a paisagem de cobre envelhecido e grama verdinha pelos janelões de vidro, deixava-me seduzir pelos mistérios da câmera fria de embutidos e compotas.
É nos detalhes que o chef dinamarquês Rasmus Kofoed, prêmio Bocuse D’Or em 2011, é exuberante. Enquanto escrevo para vocês sobre a experiência, está ao meu lado o menu assinado por ele e que nos foi presenteado com um ‘See you soon’ e um coração.
Não à toa o coração. A sensação que trago comigo transmitida em toda a aventura é de humanidade. De humano, sabe?
A começar pelo staff que nos atendeu com excelência no equilíbrio entre o formal e o relaxado, quebrando algumas regras – não posso contar aqui por promessa e carinho.
Circulamos pelo salão, conversamos com os cozinheiros, recebemos explicações delicadas de cada prato e de harmonização.
Momento showtime: o sommelier abre a garrafa de Arbossair 2007 com ferro quente e corte perfeito, só assim a rolha antiga não interfere no sabor do vinho.
Você deve estar se perguntando o porquê de não ter falado até agora dos pratos em si. É que mais do que a máxima expressão dos sabores e ingredientes e o uso das técnicas modernas de infusões, reduções, resfriamento, condensação, concentração e o desbunde visual, o que ficou, para mim, foi essa sensação de humano.
O prato assinatura, o razor clam (marisco navalha) vem dentro de uma casquinha de mentirinha para você comer com a mão e lamber os dedos.
A beterraba concentradíssima com vieiras servida em cima de pedras é um luxo no paladar e uma homenagem às tradições locais inesquecível.
Também teve sua rendição à temporada das fantásticas e doces ervilhas do verão.
E suco de pepino, gordura de ham e ovos de caracol levemente defumados
Caminhamos por esse clima de passeio à floresta, de descobertas dos gostos, dos cheiros. Uma conexão com o tudo.
Meio viagem? Pode ser, mas que honra visitar o mundo do outro. E achar coisas lhe são familiares, ainda que em um ambiente tão estranho a você.
Eu, por exemplo, encerrei a noite desvendando um belo desenho de caveira na parede. Caveira, uma das minhas paixões, assim como a comida.
Pra você acompanharem esta minha super gastrotrip em Copenhague, tem mais Top restaurantes por aqui. Está ai um bom motivo pra você incluir a Dinamarca nos seus planos.
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