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Foto do escritorMitzi Evelyn

A burocracia do Reino Unido para tirar um visto

Atualizado: 20 de mar. de 2023


Desde que descidi mudar como falei aqui, meu atual marido e eu, decidimos aplicar sozinhos para o settelment scheme. Ou seja, o visto final para o europeu que já estava por aqui antes do Brexit na virada para 2021. Meu marido é português. Eu nasci no Brasil e tenho também a cidadania italiana. No Reino Unido, há uma grande vantagem que pode tornar as coisas simples. Bem, era isso que parecia ser.

Alugamos uma casa em Londres e preenchemos toda a papelada. Até então, a gente achava que esse seria o caminho indicado. Simples e rápido? Nada disso. Pegamos justamente a fase de transição. Nós, assim como outras pessoas, estávamos perdidos, inclusive o Governo.

Consegui uma permissão temporária de trabalho e residência. Depois, me disseram que eu deveria sair do país para mais tarde aplicar para a versão correta do mesmo visto. Com tudo documentado por e-mail e cartas, decidimos casar. Enfim, voltaria ao Brasil e no retorno aplicaria para o visto “certo”.


Quase 6 meses depois me negaram o tal visto porque faltava um documento que até hoje não entendemos qual. Já estávamos há quase a um mês e meio do casamento no território brasileiro. Assim, o raciocínio lógico foi: viaja, casa e volta para resolver essa situação, afinal, já estava tudo pronto para o casamento.


Mas, para casar no Reino Unido era necessário outro tipo de visto. Recebi 48 horas para resolver tudo, voltar para o Brasil pegar o tal fiiancé visa (visto de noiva) e assinar o papel. Mas, a essa altura, já era a véspera do casamento. Não daria como dar certo toda essa viagem apressada.


E, vamos para uma nova saga. O visto que levava até três semanas passou para seis meses por causa dos vistos humanitários de guerra. Pânico. Mas, como desistir nunca foi uma opção e, aqui, o casamento só é pago trinta dias antes da festa, transferimos todo o planejamento de um ano para casarmos em Portugal. Só perdemos os sinais que já haviam sido adiantados. Como a família e amigos do meu marido estavam em terras portuguesas, o pessoal do Brasil só mudou a rota do Reino Unido para Portugal.


Casamento entre países dá bem mais trabalho do que podíamos imaginar. Não é simples e rápido como pensamos. Após essa situação burocrática, preferimos contactar especialistas. Para você ter uma ideia, houve um dia que fizemos reunião com três advogados, Brasil, Reino Unido e Portugal.


Sem o romantismo que imaginamos no cartório, acabamos por casar legalmente no Brasil para que eu pudesse retornar com o spouse visa (visto de esposa) antes da festa de casamento na Europa. Dessa forma, já estaria sendo contado o tempo de até seis meses. E, aí, se seguiu mais espera.

Um dia antes do embarque para Portugal, fiz a aplicação. Pudemos curtir a festa, a lua-de-mel. Esperamos a burocracia já casados. Foi tudo lindo, ainda melhor do que havíamos planejado cercado de pessoas especiais, um dia mágico que compensou todos os nossos esforços. Veja na foto acima.


E o visto? Levou 5 meses mais ou menos para sair. Dessa vez, foi bem mais simples com a ajuda do advogado de Londres. Foi chegar com a mudança definitiva e retirar o cartão de residente que já estava me esperando.

Mas ai bateu a saudade que conto no próximo texto.



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Fotos: arquivo pessoal e Pixabay


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