Enfim, a gente conseguiu. Depois de muito tempo. Depois da pandemia – que, a propósito, ainda não acabou. Depois dos desencontros da vida e apenas encontros virtuais, finalmente, o time “Do Rio pra cá” se encontrou ao vivo e em cores num chá sob o céu azul de Lisboa.
Pra isso acontecer, foram trocas e trocas de mensagens pra arranjar uma data e uma cidade na qual a maioria de nós pudesse estar. A opção vitoriosa foi setembro, fim de verão, e em Lisboa. Acompanhar as nossas fotos é um retrato da nossa alegre tarde na capital portuguesa.
O LOCAL DO CHÁ
Por sugestão da Soraia D’Ávila, que sempre conta um monte de coisas pra vocês sobre a Suécia, escolhemos o Palacete Chafariz D’El Rei. Um hotel-boutique charmosíssimo na parte baixa do badalado bairro de Alfama. Fica em uma pequena travessa a partir de uma rua em frente ao rio Tejo no local onde os grandes navios atracam.
Nos encontramos na maravilhosa parte externa do hotel. Não era um quarto, uma sala, mas, sim, uma varanda iluminada pelo sol do início do outono. Estava repleta de bouganviles cor de rosa com aquela vista do rio que é de deixar qualquer um sem palavras: é um show particular e único.
O prédio é em estilo neo-mourisco datado do final do século 19. Pertenceu aos condes de Vila Verde e aos Marqueses de Angeja. A parte interna tem um estilo da arte nova brasileira, que era muito apreciado no período da sua compra. Em 2007, passou por um projeto delicado de recuperação que o deixou encantador. Hoje, é classificado como monumento de interesse municipal.
Nas nossas andanças pelo hotel e em papo com os simpáticos funcionários Tiago, Xavier e Emerson, descobrimos que os donos viveram em terras brasileiras nos tempos do Brasil Colônia e Império. Quando regressaram para Portugal, compraram o edifício para residência própria.
A decoração atual leva em conta esse dado. Há nos corredores gravuras do Rio antigo, inclusive do morro do Corcovado sem o Cristo Redentor. Ou seja, era mesmo para o time ‘Do Rio pra cá” se reunir nesse local. Detalhe: ninguém sabia disso. Achamos que foi coisa dos deuses, do destino.
UM BRINDE COM VISTA PARA O RIO TEJO
Como cada uma vem de um canto, a gente demorou a formar o time em torno de uma mesa. Mônica Marks veio de Basel, Suíça; Dani veio de Londres; Guiga Soares do Rio, assim, como Sonaira D’ Ávila que estava em meio ao seu retorno para a Alemanha. De Portugal, Ana Maria Villaça e, também, Bete Antunes e Jackie Figueiredo, que vivem respectivamente, em Leiria e em Aveiro. As duas são nossas colaboradoras e amigas queridas. Úrsula não pode comparecer por questões de trabalho. E a Luana Bistane com a mãe Luciana conseguiram chegar para a melhor parte do papo.
Começamos o nosso chá sob o céu azul de Lisboa com um brinde para celebrar a nossa união e as nossas vidas. Após tanta indecisão sobre o mundo, aviões no chão, viagens canceladas estarmos juntas é um privilégio. Muita sorte mesmo.
Depois passamos para uma mesa espetacular montada na área do que seria a sala da antiga residência nobre. Hoje, é a área de refeição do hotel. O que temos pra falar: linda montagem. A louça, ou loiça como dizem os portugueses, são antigas, delicadas e de diferentes cores e estampas. Os pães, croissants, queijos: tudo ótimo, saboroso.
Foram minutos de muita satisfação, muita conversa. Acreditem muitas de nós não nos conhecíamos pessoalmente. Nossa conversa virtual é intensa, mas ao vivo é outra coisa.
O tempo voou! Esperamos nos reencontrar em breve. Já começamos a organizar o próximo encontro ainda sem cidade ou mês definidos.
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