Sempre disse que o Japão é um mundo único com universos dialéticos dentro dele. Em 2018 fiz uma viagem que conto aqui e mudou a minha vida. Seus templos e santuários dão o toque ancestral e milenar a um dos países mais futuristas do planeta. É um exemplo do que eu penso. Nessa nossa semana de homenagem ao Japão, por causa dos Jogos Olímpicos, falo pra vocês sobre a visita aos dois maiores templos de Tóquio e também os mais respeitados.
Senso-ji Temple (浅草寺)
O mais antigo e muito popular de Tóquio é o templo budista Senso-ji que fica no coração do distrito de Asakusa. É também conhecido como templo Asakusa Kannon ou apenas Asakusa. Foi fundado no ano 645 a.C .
O templo Sensō-ji foi originalmente erguido para preservar uma estátua de Kannon, a deusa da misericórdia que tem 7 cm de altura. Foi achada no rio Sumida – que flui pela cidade e deságua na baía de Tóquio - no ano de 628 a.C. Vale lembrar que apesar de ter sido danificado na Segunda Guerra Mundial, a sua estrutura ainda é a original. Fiquei muito impactada com essa visita.
É grandioso, espetacular, ainda mais se levarmos em conta que se localiza bem no meio de uma grande cidade. Não dá para não se deslumbrar com os jardins ou os pequenos templos, inclusive um xintoísta perto do pagode Gojunoto – uma réplica já que o original foi destruído - e os imensos portões chamados de torrii.
Chegando ao local, a gente vê o torrii vermelho com a imensa lanterna de papel, chōchin. É o
portão do trovão e do raio, do século 10 com 11,7 metros de altura. A ideia é dar as boas-vindas a seus visitantes e afastar os maus espíritos. À direita do portão, está Fujin, divindade do vento, e à esquerda está Raijin, divindade do trovão.
Antes de chegar ao templo, é preciso se purificar passando pelo imenso caldeirão de incensos e se preparar para entrar no recinto sagrado.
Meiji Jingu Shrine (明治神宮)
Conhecido também como Meiji Jingu ou santuário Meiji, fica em Shibuya, Tóquio. É um santuário xintoísta destruído pela Segunda Guerra e reconstruído depois. Contrastando com as cores vibrantes dos Templos budistas, os santuáriso xintoístas são sóbrios e escuros. E o dia estava bem nublado para completar o clima.
Ele é dedicado ao imperador Jingu e sua esposa. Fica dentro de um parque com muito verde com uma área interna de 700 mil metros quadrados. Logo na entrada do santuário, nos deparamos com presença de um torrii gigante com 12 metros de altura feito com cipreste de mais de 1500 anos.
Um corredor de barris de saquê (na foto acima), uma das bebidas mais populares do país, vai sinalizando o caminho até o santuário.
Fomos num dia de festividade e com muitos casamentos super tradicionais e solenes.Muito silencioso ! Lindo de ver as famílias com trajes típicos. Foi especial.
Uma curiosidade é que o Santuário fica pertinho da estação de trem Haraju, que aliás fica colado à famosa rua Takeshita dori, que é o mundo da galera cosplay. Literalmente, um universo paralelo onde jovens vestem de personagens presentes na cultura pop.
Foi interessante visitar os dois locais, um após o outro na sequência. No mínimo, um choque de mundos. Dá uma conferida nestes meus 6 dias de Tóquio e depois me fala!
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